Se são os detalhes que fazem as grandes diferenças, não é difícil imaginar o que pode fazer um detalhe do tamanho de Cristiano Ronaldo. Em mais de três horas de futebol, o melhor jogador do Mundo só teve liberdade uma vez - e uma vez foi tudo aquilo de que precisou para resolver a eliminatória. Um instante de distracção do meio-campo portista, um momento de liberdade, um par de metros para explorar, e o resultado foi um golo enorme, capaz de virar a eliminatória do avesso. Claro que há outras histórias para contar. Histórias sobre a forma como o FC Porto reagiu à adversidade, não só a adversidade do golo, mas também a da perda de Lucho González pouco depois da meia hora de jogo mesmo sem Jesualdo no banco, ou sobre a coragem com que assumiu as despesas da partida sem nunca desistir de a discutir, ou até sobre o respeito demonstrado pelos campeões europeus e do Mundo, que, em vantagem, não hesitaram em perder tempo sempre que puderam. Aliás, é por isso mesmo, pelo equilíbrio que o resto do jogo e o resto da eliminatória reflectiram, que se percebe até que ponto ter o melhor do Mundo na equipa pode fazer, como fez, toda a diferença.
"Jorge Maia" em "O JOGO" jornal desportivo
MR
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